Viver o dia-a-dia com urticária

dia mundial da urticaria 2020

Viver o dia-a-dia com urticária

O meu dia começa sempre com um banho tépido, para aliviar a comichão e o inchaço que senti durante a noite1. No duche, utilizo produtos (que já toda a gente cá em casa sabe que são meus) naturais, e após o duche, coloco protetor solar2 e hidratante corporal1. Já nem sei se hei-de utilizar perfume, para evitar ter uma crise a meio do dia de trabalho, porque na verdade não sei o que causa a minha urticária crónica espontânea3.

Antes de me vestir, vejo a aplicação da meteorologia no meu smartphone – não só para ter a certeza se estará ou não muito calor, mas também para escolher roupa adequada. Opto sempre por peças mais largas e confortáveis, porque se visto roupas apertadas já sei que a urticária vai aparecer2,4. Idealmente, que sejam constituídas por algodão ou seda, pois sabe-se que são menos agressivas quando estão em contacto com a pele5.

As escolas estiveram fechadas devido ao surto de covid-19 e isso, de certa forma, facilitou todo o stress que sentia de manhã6: acordar os miúdos, vesti-los, preparar-lhes o pequeno-almoço, levá-los à escola e passar muito tempo no trânsito, até chegar finalmente ao trabalho. Felizmente, agora posso contar com os meus pais ou com os meus sogros, que costumam vir cá a casa para me ajudarem a cuidar dos miúdos, durante o período de trabalho.

Durante o horário de trabalho não tenho tido crises, pois acabo por fazer a minha própria marmita e, por isso, há uma maior atenção e cuidados redobrados com a minha alimentação1-3,6. Não menos importante: deixei de fumar, de beber café, refrigerantes ou álcool para evitar o aparecimento de quaisquer sintomas1-3,6.

Não é fácil, confesso. Exige-se muita disciplina e força de vontade. Mas tudo se torna menos difícil quando nos conhecemos e sabemos exatamente o que poderá despoletar crises, mas a viver com urticária crónica espontânea, nem sempre é assim3... Tive de fazer um compromisso comigo mesma: conhecer os meus limites, saber o que piora a minha condição, que medidas podem contribuir para me ajudar e, essencialmente, habituar-me a conviver com a doença, da melhor maneira possível1,6. Foi muito importante, conhecer e aprender sobre a doença6...

Dependendo do dia e de como me sinto, antes de voltar a casa faço uma caminhada ou vou ao ginásio. Mas sei que nem todos os doentes com urticária o podem fazer!7Aprendi que, ao aliviar o stress, passo muito melhor as noites6 – sinto menos comichão e o facto de estar menos cansada ajuda a relaxar à noite6. Descanso não só o meu corpo, mas também a minha mente6.

Ao jantar, reunimo-nos todos à mesa e falamos sobre o dia-a-dia. O meu companheiro ajuda os miúdos com os trabalhos de verão e o jantar fica a meu cargo. E fico feliz por isso! Não só porque adoro cozinhar, mas também porque, assim, tenho um maior controlo sobre o que me faz mal6. E as minhas refeições ganham adeptos… Toda a gente cá em casa já está rendida a uma alimentação mais saudável, onde elimino alguns aditivos que sei que me fazem mal6. É uma forma, inclusive, de todos me apoiarem nesta luta, encorajando-me a nunca desistir e a procurar ajuda especializada3,8. Antes de me deitar, passo o corpo por água morna1, porque me ajuda a passar uma noite sem sintomas. Muito importante é seguir o tratamento e recomendações que o meu médico me receitou3,8.

Agora com a doença controlada sinto que voltei a ter qualidade de vida8..

Nem sempre é fácil, mesmo com a doença controlada. Mas agora são muito mais os dias bons que os menos bons8. É preciso muita vontade de vencer e viver um dia de cada vez. As barreiras estão na nossa cabeça e, felizmente, há sempre um caminho. A urticária tem tratamento3,8. Faz como eu, procura um médico especialista e o diagnóstico e tratamento corretos3,8. Vais ver que a tua vida vai mudar, para melhor8,9!

  

IRCSU/026/082020

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Referências

  1. Yadav. S et al. Management of difficult urticaria. Indian J Dermatol 2009 Jul.Sep 54(3):275-279;

  2. ACAAI (2020), Hives (Urticaria), disponível em: https://acaai.org/allergies/types-allergies/hives-urticaria, consultado a 07/08/2020;

  3. Costa C. et al (2016). Doente com urticária crónica: diagnosticar e tratar melhor Post graduate Medicine vol 45(1):1-8;

  4. Kobza-Black,A. Delayed Pressure Urticaria. Journal of Investigative Dermatology Symposium Proceedings 6:148-149, 2001

  5. Svedman, C. et al. Textile Contact dermatitis: How fabrics can induce dermatitis. Current Treatment Options in Allergy 2019; 6, 103-111

  6. Godse, K. Chronic urticaria and treatment options. Indian J Dermatol 2009:54(4): 310-2

  7. Kounis, N. et al. Exercised-induced urticaria, cholinergic urticaria, and Kounis syndrome. J Pharmacol Pharmacoter 2016 Jan-Mar; 7(1):48-50;

  8. Costa C et al. Urticária Crónica- Do diagnóstico ao tratamento. Revista SPDV 74(4) 2016:315-325;

  9. Maurer M. et al, Omalizumab for the Treatment of Chronic Idiophatic or Spontaneous Urticaria, N Eng J Med 2013; 368:924-935

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